sábado, 12 de novembro de 2016

Jornadas de divulgação cultural: Valladolid e Maçores

Tal como tinha anunciado, esta semana foi fértil em jornadas de divulgação cultural. Na quinta-feira, dia 10, desloquei-me à cidade espanhola de Valladolid, a convite da "Escuela Oficial de Idiomas", onde tive oportunidade de falar sobre as tradições gastronómicas transmontanas. Foi um evento extremamente interessante. Os alunos demonstraram querer conhecer tudo acerca dos nossos usos e costumes, dos nossos produtos, etc. Fica uma palavra de gratidão à Professora Concha López Jambrina pelo convite e pela simpatia com que fui tratado por toda a gente. Acompanhou-me a Sra. Vereadora da Cultura do Município de Mogadouro, Virgínia Vieira, a quem agradeço igualmente a disponibilidade e amabilidade demonstradas.

Hoje, foi dia de rumar a Maçores, no concelho de Torre de Moncorvo, onde dissertei sobre a raiz pagã das festividades cíclicas transmontanas. Aproveitei o ensejo para fazer a apologia dos rituais de solstício de Inverno do nosso concelho.

Antes de botar faladura, houve que "molhar a palavra" em boa companhia, com o Paulo Patoleia e o "repórter" da TV Açoreira.

Depois da animada palestra, e sessão de autógrafos, houve tempo para uma breve troca de impressões com o Sr. General Tomé Pinto.
Carlos D'Abreu, um dos maiores vultos culturais transmontanos do presente, escritor e investigador com vasta obra editada, apresentou na sua terra, e no âmbito do programa festivo, o último livro por si publicado: “O Epistolário do Abade Tavares para o Mestre Leite de Vasconcelos (1895-1932)” (que já tinha sido apresentado no âmbito da última edição do PAN, em Carviçais).
 Com o amigo, editor e escritor António Sá Gué.
 Tempo também para rever velhos conhecidos. Descobri a veia artística de fotógrafo do António Joaquim, que tinha sido meu colega na Escola Secundária Dr. Ramiro Salgado, quando ali dei aulas. A exposição que se vê nas paredes é de sua autoria. Parabéns pelo belo trabalho!
 Fotos antigas da festa, com gaiteiros oriundos da nossa zona. Manuel São Pedro, de Travanca, Mogadouro, foi um dos gaiteiros que animaram esta festa de S. Martinho durante muitos anos. Desde algum tempo para cá, têm sido os nossos conterrâneos Carlos Alves, Nuno Lopes e Sérgio Delgado a abrilhantar as festividades.

Deixo aqui o meu sincero agradecimento aos responsáveis por esta oportunidade de divulgação das nossas tradições e valores ancestrais: António Sá Gué, Carlos D'Abreu e Ricardo Fernandes (responsável autarca da União de Freguesias anfitriã).
Uma nota ainda para a simpatia e hospitalidade da família do Carlos D'Abreu, que nos proporcionou um farto repasto. E, para terminar, merece referência a actuação da Tuna Popular Lousense, da aldeia próxima da Lousa, que animou a palestra, intercalando as intervenções dos oradores com alguns temas musicais superiormente executados.
Pena foi que a chuva que se abateu sobre a região me tivesse impedido de tirar fotos ao magusto, que tem aspectos "sui generis" em Maçores. Se no ano que vem for vivo e com saúde, tenho que lá ir completar a festa...